31 de mai. de 2012

A moda do comunismo


O sentido de estilo e a elegância das mulheres soviéticas da I Guerra Mundial à Perestroika estão em destaque na exposição “Moda por detrás da Cortina de Ferro” em Moscovo, numa mostra que revela os modelos e os artifícios usados para se manterem a par com as tendências ocidentais.
 
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A moda do comunismo
Uma nova exposição de moda em Moscovo ilustra a evolução da moda soviética por detrás da Cortina de Ferro, desde o período após a I Guerra Mundial até à Perestroika.
“Moda por detrás da Cortina de Ferro”, o nome da exposição no edifício do século XVI do museu Tsaritsyno, na periferia de Moscovo, ilustra sete décadas de vaidade feminina, descrevendo como as mulheres soviéticas fizeram vestidos de noite em seda para o teatro, adquiriram artigos de designer e pediram tecidos para satisfaz a fome de estilo, apesar da escassez.
A retrospetiva oferece vislumbres dos vestidos sofisticados, inspirados no Ocidente, da elite da era comunista. Elegantes vestidos em crepe da China, pelos, luvas para a noite, chapéus e sapatos de designer usados por bailarinas, atrizes e outras personalidades traçam um retrato através da história, mostrando mais de mil visuais dos anos 20 aos anos 90.
A filha do líder soviético Leonid Brezhnev, Galina, chocou os seus pares com um mini-vestido floral ousado, enquanto a bailarina Galina Ulanova usou uns pumps do designer italiano Salvatore Ferragamo, inacessíveis à maioria no pico da Guerra Fria.
Os visitantes têm-se aglomerado na exposição, aberta até meados de junho, para ver outros visuais, como o sensual vestido vermelho sem alças que valeu à atriz soviética Klara Luchko a alcunha de “Bomba vermelha” no festival de cinema de Cannes em 1962.
A moda é uma rara janela para a história que atrai o público dos dias de hoje, conscientes de estilo, afirma a curadora da exposição, Irina Korotkikh. «O principal objetivo é mostrar aos jovens e àqueles que viveram sob a URSS que a moda existia», explica. «As mulheres soviéticas eram elegantes apesar da situação económica e política», acrescenta.
Face à escassez sob a economia soviética, Korotkikh revela que muitas mulheres fizeram fila – muitas vezes de um dia para o outro – por pequenos pedaços de tecidos e padrões, para costurarem os seus próprios vestidos.
«Adoro a moda dessa altura porque não eram casacos volumosos, havia vestidos lindíssimos», indica a visitante do museu Yelena Yeliseyeva, uma engenheira aeronáutica reformada de 60 anos. «A moda existia na União Soviética e era muito bonita», sublinha.
Relativamente recentes nos museus locais, as exposições de moda rapidamente se tornaram populares junto do público. Vieram visitantes em número recorde para ver os vestidos de Christian Dior no museu Pushkin e os designs do revolucionário costureiro francês Paul Poiret no museu do Kremlin no ano passado.
Fonte: Reuters
 

Ode ao design


Aproveitando o mote dos Jogos Olímpicos este verão, Londres mostra aos milhares de turistas que deverão visitar a cidade o melhor do design de Terras de Sua Majestade, desde o Jaguar ao Concorde, sem esquecer o mobiliário e, claro, a moda com acento britânico.
 
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Ode ao design
 O Jaguar E-type, um vestido LED e o Concorde são alguns dos artigos que levam os visitantes através de 60 anos de design britânico na exposição deste verão no Museu Victoria and Albert, em Londres.
Mergulhando fundo no seu espólio, o museu colocou em exibição exemplos da inovação britânica, alguns dos quais nunca foram mostrados antes. Tudo, desde garfos e facas à capa de um álbum dos Sex Pistols, leva o visitante a percorrer seis décadas, traçando o percurso do mundano utilitário aos rebeldes do rock-n-roll.
Coincidente com os Jogos Olímpicos de 2012, a exposição relembra a “austeridade” dos Jogos Olímpicos de 1948, criando uma das primeiras exposições sobre a cultura do design da Grã-Bretanha pós-guerra.
«Numa altura de grande ansiedade em relação à recessão, penso que é interessante ver esses 60 anos e ver como a Grã-Bretanha respondeu antes à recessão… é um desenvolvimento complicado e muita criatividade surgiu desses momentos de grande desconforto», afirmoa o curador, Ghislaine Wood.
O momento em que o design se torna arte é capturado na sala mal iluminada “subversão”, onde minivestidos pastel dão lugar a alfinetes e picos punk.
O vestido em forma de ovo do ano 2000 do designer de moda Hussein Chalayan, fantasticamente impossível de usar mas profundamente simbólico, traz essa mensagem à cabeça e parece moderno ainda hoje.
«Pedimos essa peça há 13 anos e é uma fabulosa peça de design que nos faz questionar o papel da moda e da arte e a forma como as fronteiras dessas disciplinas estão a esbater-se», considera Wood.
Mas é a mostra de cadeiras que dá realmente uma imagem de inovação cronológica – há muito considerado um padrão de ouro do design, a incrível coleção de mobiliário de sala de estar dá uma perceção da mudança de moda, gostos e costumes culturais ao longo das décadas.
A cadeia sintética, quadrada, dos anos 60 dá origem a uma cadeira com pernas em forma de um punhal ferrugento, resumindo a estética rude dos anos 80. Perto, uma cadeira feita de dezenas de pedaços de madeira é uma homenagem à tendência moderna de designs mais ecológicos.
A última galeria centra-se na cultura da produção. Um telefone na parede, como o que esteve durante anos nas casas britânicas, abre o caminho para um iPhone de amostra, pendurado perto. Um grande modelo do Concorde e um vídeo que dá conta das suas falhas toma conta da outra metade da galeria.
Num «laboratório digital» escurecido, a heroína da ficção Lara Croft escala uma parede de um templo em ruínas e balança-se numa liana da selva – num exemplo de topo do vídeo britânico.
Lemmings a cair de um precipício num abismo escuro, lançado há mais de 20 anos, recorda os primeiros jogos de computador, e há um sorriso ao ver o enorme computador de secretária Apple Mac, que era o topo do chique há apenas 10 anos.
Mas há um design que realmente perdura. O do Jaguar E-type em prata a brilhar no meio da sala. «Esse design passou o teste do tempo», destaca Wood, lembrando o dia em que foi conduzido para a galeria e o efeito que tem nos visitantes que passam.
«Ouvir o público a entrar na última sala e ver o Jaguar E-type, que é evidentemente um dos carros mais bonitos alguma vez desenhados, e vê-los a comentar, é brilhante», considera Wood. «Isso mostra o poder do design», acrescenta.
A exposição está aberta ao público até agosto.
 
Fonte: Reuters

Hermès exalta a pele


A conhecida marca francesa de luxo apresentou em Londres uma exposição onde os seus valores, nomeadamente a paixão pela pele de qualidade e pelas artes manuais de exceção, são sublimados e onde a sua história de 175 anos é revisitada através dos icónicos modelos Kelly e Birkin.
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Hermès exalta a pele
 As salas polidas de Burlington Gardens em Londres tiveram um visitante pouco usual: Zouzou, um rinoceronte branco com cornos dourados esteve no edifício a celebrar a mais recente exposição da Hermès. “Leather Forever” (ou Pele para Sempre), que decorreu até 27 de maio, marcou o 175.º aniversário da produtora francesa de artigos de luxo e a sua paixão eterna pela pele.
Zouzou, um manequim rinoceronte vestido em pele branco ostra, esteve sentado na entrada da exposição, convidando todos os membros do público a interagir com a Hermès e a aprender sobre a sua história equestre e paixão pelo artesanato de qualidade.
«É uma forma muito poética e leve de passar a experiência da Hermès, a melhor forma de expressar o futuro da Hermès, quem somos e de onde vimos», afirmou Thierry Outin, diretor-geral da Hermès UK. «Estamos no Reino Unido há quase 50 anos e penso que esta é uma altura muito boa, em que estamos a celebrar Londres, o Jubileu da Rainha e os Jogos Olímpicos. É a altura ideal para reavaliarmos e mostrarmos esta cultura de artesanato, esta cultura de objetos bonitos, de grande qualidade, a uma audiência britânica», acrescentou.
As 12 espaçosas salas mostraram as diferentes histórias e perspetivas da Hermès, famosa por criar bolsas como a Kelly e a Birkin, assim chamadas em referência às atrizes Grace Kelly e Jane Birkin.
Os visitantes foram encorajados a interagir com a exposição, levantando painéis escondidos, tocando em ecrãs digitais ou simplesmente a sentir o cheiro da melhor pele que o dinheiro pode comprar.
«Todos os sentidos são estimulados, não apenas o cérebro. Não é apenas reunir informação, é também um estado de espírito à medida que se passa nas diferentes salas», referiu Patrick Albaladejo, diretor de comunicação para a estratégia da Hermès.
Em exposição esteve uma sela feita por encomenda complementada por asas em pele de bezerro em vermelho e laranja, assim como referências detalhadas às caixas laranja da Hermès, já uma imagem de marca, e uma escultura em néon de uma bolsa Kelly que mostrava as muitas variações dos modelos Kelly e Birkin criadas ao longo dos anos. Em grande parte, a imagem da empresa e consequente volume de negócios são ainda impulsionados por esta antiga divisão de artigos em pele e selas.
Como parte das festividades, a Hermès criou quatro bolsas únicas para representar o Reino Unido, que foram leiloadas pela Christie’s no passado dia 14 de maio. O resultado do leilão foi doado à Royal Academy of Arts.
Objetos de beleza
Os visitantes puderam também ver um verdadeiro artesão do atelier da empresa em Paris a trabalhar. Cada bolsa Hermès é criada por um artesão, desde o início ao fim, que assina o nome em cada bolsa que cria num local escondido dentro da mesma.
«Penso que um artesão é um mestre do conhecimento. Recebeu o know-how de um artesão mais velho quando estava em formação e, em contrapartida, ao longo do tempo, torna-se formador para passar o seu conhecimento a outros», explicou Albaladejo. «Mas o que é importante neste trabalho, não é tanto a técnica que vai usar, mas a natureza do objetivo que persegue e o seu objetivo de criar beleza», sublinhou.
Para criar estes objetos de beleza, cada artesão tem de se formar durante um ano e criar um modelo Kelly desde o início, pelo que não é de estranhar que esperar por uma bolsa Hermès possa levar cinco anos.
Albaladejo revelou que os tempos de espera por uma bolsa Birkin podem variar devido ao tempo que demora a criar e a aprovisionar a pele. «Pode ser qualquer coisa desde zero – pode conseguir uma hoje se for a uma loja ou quiser uma Birkin muito grande em pele de crocodilo – ou pode ter de esperar vários meses, talvez um ano, até conseguirmos a pele para a fazer. Não é possível responder com um número», resumiu.
Fonte: Reuters

DANIEL JACKSON PARA DAZED & CONFUSED


As modelos Ava Smith, Codie Young e Madison Headrick são as protagonistas de um curioso editorial da revista Dazed & Confused fotografado por Daniel Jackson e inspirado nos trabalhos do ilustrador de moda René Gruau.

Se olharmos atentamente para as imagens, quase não conseguimos diferenciar a linha ténue que separa a maquilhagem do retoque. Uma admirável combinação de realidade e ficção!






A ARTE DE SIMON SCHUBERT


O artista alemão Simon Schubert cria imagens surpreendentes de mansões e palácios simplesmente dobrando folhas de papel branco. Não se tratam de origamis, mas sim de representações em baixo relevo. Dobras na superfície do papel, criam um relevo de apenas alguns milímetros, captando a luz em diferentes ângulos para criar imagens detalhadas de espaços arquitetónicos.

Simon Schubert nasceu em 1976 na cidade de Köln, na Alemanha. Formou-se em escultura pela academia de Belas Artes Kunstakademie Düsseldorf e tornou-se conhecido pelo seu trabalho com papel (Papierarbeiten). Através de um complexo processo de dobras e vincos o artista consegue reproduzir com uma impressionante fidelidade imagens em perspetiva, tais como corredores ou espaços internos de uma casa.

Simon Schubert cria também exuberantes esculturas, como figuras em tamanho natural com os rostos ocultos por longos cabelos. Por trás da intensidade de algumas dessas obras estão a solidão, o isolamento e a perda, temas recorrentes na obra do artista.

Em 2008, foi distinguido com o ZVAB-Phönix Kunstpreis, prémio alemão para novos artistas.

J.Lo é a mais poderosa


A cantora Jennifer Lopez já pode perguntar “Espelho meu, espelho meu, há alguém mais poderoso do que eu?”, que a resposta da Forbes é: não. A estrela de ascendência latina, que lançou uma coleção na Kohl’s, encabeça a lista das 100 celebridades mais poderosas, à frente de Oprah Winfrey e Lady Gaga.
 
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J.Lo é a mais poderosa
 Jennifer Lopez encabeça a lista anual da Forbes das 100 celebridades mais poderosas do mundo, ultrapassando a também cantora pop Lady Gaga e a magnata dos media Oprah Winfrey.
A cantora, atriz e bailarina de 42 anos, que tem subido no mundo do entretenimento desde o seu humilde local de nascimento, o Bronx, em Nova Iorque, chegou surpreendentemente ao topo vinda do 50.º lugar do ano passado na lista que mede o poder pelo entretenimento tendo em conta os rendimentos, visibilidade nos media e popularidade nas redes sociais.
A Forbes estima os rendimentos de Lopez nos últimos 12 meses em 52 milhões de dólares (41,38 milhões de euros) e a sua chegada ao topo do ranking foi alimentada pela sua lucrativa performance enquanto júri no popular programa de televisão American Idol, uma nova linha de vestuário desenhada para a Kohl’s, um perfume com vendas estrondosas e milhões de seguidores no Twitter e no Facebook. Lopez acaba também de anunciar a sua primeira tournée mundial, juntamente com Enrique Iglesias, que tem paragem em Portugal, no Pavilhão Atlântico, em Lisboa, no dia 5 de Outubro.
Oprah Winfrey, que admitiu estar a ter dificuldades com o seu canal de televisão OWN TV após ter terminado o seu talk-show “The Oprah Winfrey Show” no ano passado, depois de 25 anos no ar, manteve a segunda posição do ano passado, com rendimentos estimados em 165 milhões de dólares.
A estrela pop canadiana Justin Bieber, de 18 anos, também manteve a terceira posição onde se estreou na lista do ano passado, com um rendimento de 55 milhões de dólares, com a Forbes a divulgar que ele se tornou num investidor sério, cujo portefólio inclui o serviço de partilha de música Spotify.
Outra estrela pop, Rihanna, chegou pela primeira vez à lista, com um rendimento estimado em 53 milhões de dólares, devido ao sucesso no ano passado de músicas como “We found love” e “Talk that talk”, ao mesmo tempo que conseguiu acordos lucrativos com a Nivea e Vita Coco, referiu a Forbes.
Caindo quatro posições em comparação com o ano passado, Lady Gaga ficou no quinto lugar, com um rendimento de 52 milhões de dólares, enquanto a nova júri do programa de televisão “The X Factor”, Britney Spears, regressou à lista após um ano de hiato, aterrando no n.º 6, com um rendimento estimado em 58 milhões de dólares graças à sua bem-sucedida tournée.
A socialite Kim Kardashian entrou para a posição 7. Ganhou 18 milhões de dólares – o valor mais baixo do top 10 – mas atraiu muita atenção dos media devido ao espalhafatoso casamento e divórcio. A cantora Katty Perry ficou no oitavo lugar
A terminar o top 10 está Tom Cruise, no n.º 9, com o regresso bem sucedido do filme “Missão Impossível – Ghost Protocol”, que gerou receitas de bilheteira de 700 milhões de dólares, e Steven Spielberg, cujas ações na televisão e no cinema renderam-lhe uns estimados 130 milhões de dólares, colocando-o no n.º 10.
A cantora britânica Adele entrou na lista para n.º 24, depois de ter vencido seis prémios Grammy e regressado às atuações ao vivo após a cirurgia nas cordas vocais.
Entre os grandes nomes que abandonaram da lista está Charlie Sheen, devido à sua saída da série de televisão “Dois Homens e Meio”. O seu substituto na série, Ashton Kutcher, entrou para n.º 51.
O poder de rendimentos coletivos do top 100 caiu ligeiramente em 2012, com um total de 4,4 mil milhões de dólares este ano, em comparação com os 4,5 mil milhões de dólares em 2011.
Fonte: Reuters

16 de mai. de 2012

BRAD PITT: NOVO ROSTO DO PERFUME CHANEL Nº5


O perfume que foi imortalizado por Marilyn Monroe, desde que a atriz declarou que dormia nua, apenas com algumas gotas de Chanel Nº 5, volta a fazer história, 90 anos após a sua criação. Depois de celebrizado por ícones da beleza feminina, como Catherine Deneuve, Carole Bouquet, Nicole Kidman ou Audrey Tautou, a fragrância de mulher mais famosa do mundo terá, pela primeira vez, um homem como rosto da campanha: Brad Pitt.

O ator está esta semana em Londres para fotografar a nova publicidade do Chanel Nº 5, que deverá ser divulgada no final do ano. O argumento da marca para a escolha de um rosto masculino foi o “poder” de Brad Pitt sobre as mulheres, a sua capacidade de chamar a atenção do público feminino.

O Chanel No. 5 foi a primeira fragrância lançada pela célebre criadora francesa Coco Chanel, em 1922.



RECORDANDO VIDAL SASSOON


Vidal Sassoon faleceu esta quarta-feira, aos 84 anos, na sua casa em Los Angeles. O icónico cabeleireiro britânico sofria de leucemia e de acordo com a polícia americana faleceu de causas naturais.

Com apenas um par de tesouras e muita criatividade, Vidal Sassoon inovou na arte dohairstyling da década de 1960. Aos 24 anos, abriu o seu 1º salão em Inglaterra e começou a treinar a sua equipa para criar cortes de cabelo que não dependessem de nenhum tipo de penteado ou produto de styling. Acompanhando as revoluções de comportamento feminino da época, Vidal Sassoon deu às mulheres o que elas ambicionavam: praticidade e liberdade, com cortes de cabelo modernos, simples e curtos, inspirados em formas geométricas. Wash & Goera a sua filosofia.

O seu corte bob de 5 pontas, com franja reta, pontas simétricas rodeando as orelhas e uma ponta arrematando a nuca tornou-se um clássico, copiado por milhares de jovens por todo o mundo, e valeu-lhe múltiplos prémios que o ajudaram a chegar ao topo e a ser considerado o maior cabeleireiro do mundo.

Para dar sequência ao seu legado, Vidal Sassoon criou uma academia com o seu nome, que funciona até hoje - assim como os seus salões espalhados pelo mundo - e lançou uma linha de produtos para cabelo.

Em 2010, foi lançado um documentário sobre a sua vida e a importância do seu trabalho (ver trailer em baixo).

Vidal Sassoon será recordado para sempre como o homem que mudou o mundo com um par de tesouras!







“GERRIT RIETVELD: THE REVOLUTION OF SPACE” EM EXIBIÇÃO NO VITRA DESIGN MUSEUM





“The Revolution of Space”, a primeira grande retrospectiva do trabalho de Gerrit Rietveld, estará em exibição no Vitra Design Museum, em Weil am Rhein, Alemanha, de 17 de maio a 16 de setembro.

A exposição reúne mais de 320 objetos, incluindo mobiliário, pinturas, fotografias, filmes e cerca de 100 desenhos originais, oferecendo uma visão abrangente do trabalho do designer holandês.

Gerrit Rietveld associou-se desde o início da sua carreira ao movimento DeStijl e às suas figuras centrais, Theo van Doesburg e Piet Mondrian, refletindo os ideais artísticos do grupo nos seus projetos. Transformou os objetos e edifícios em composições abstratas de linhas e planos, principalmente em preto, branco, cinza e as cores primárias amarelo, vermelho e azul. No entanto, a sua lendária cadeira Red-Blue foi criada em 1918 sem o impressionante esquema de cores do qual deriva o seu nome. A versão colorida (na imagem) remonta ao ano de 1923.

O seu primeiro projeto arquitetónico, a casa Rietveld-Schröder, data de 1924 e é um marco da arquitetura moderna e representação perfeita das ideias e conceitos defendidos por De Stijl. O projeto foi encomendado por Truus Schröder, uma viúva que não só desempenhou um papel decisivo no projeto da sua casa, mas também forneceu impulsos essenciais para trabalhos posteriores de Rietveld.

Rietveld rompeu com o grupo De Stijl em 1828 e aderiu ao movimento Nieuwe Zakelijkheid. Em 1932 criou a famosa cadeira zig-zag, composta por apenas 4 placas de madeira. Entre as suas obras mais importantes destacam-se também as Row-Houses, em Utrecht (1931-1934), o pavilhão holandês na Bienal de Veneza (1954) e o Museu Van Gogh, em Amesterdão, entre muitas outras. 

Amor e… uma casa de moda


A casa de moda italiana Missoni construiu-se a par e passo com a história de amor dos seus fundadores, Rosita Jelmini e Ottavio Missoni. Dos Jogos Olímpicos de Londres em 1948 às passerelles, os dois criaram um verdadeiro império, do vestuário aos têxteis-lar e até hotéis de luxo.
 
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Amor e… uma casa de moda

Quando se menciona o nome Missoni, a maior parte pensa num império de moda que revolucionou os padrões têxteis, deu origem ao visual sem soutien nas passerelles e é agora uma marca mundial que cria tudo, desde camisolas a lençóis e hotéis.
Mas nada disso teria acontecido se não fossem os Jogos Olímpicos de Londres de 1948, onde uma chama única deu origem a uma outra entre Rosita Jelmini e Ottavio Missoni. Ela tinha 16 anos, quase a fazer 17, uma rapariga italiana tímida em Londres para melhorar o seu inglês. Ele tinha 27 anos, alto, bem-parecido e membro da equipa italiana de 400 metros barreiras nos Jogos Olímpicos, onde o mundo tentava deixar para trás a devastação da guerra.
«Os nossos assentos de estudantes estavam mesmo perto dos balneários no Estádio de Wembley. Eu vi-o. Parecia que tinha 21 anos mas mais tarde descobri que tinha 27 anos. Tinha um estilo de corrida extraordinário», lembra Rosita, hoje com 81 anos, na sua casa, com Ottavio, de 91 anos, sentado ao lado num sofá com o icónico padrão zebra da Missoni.
Enquanto menino, Ottavio Missoni foi um prodígio do atletismo. Em 1937, com apenas 16 anos, tornou-se o membro mais jovem da seleção italiana. Nesse ano, nos 400 metros num evento em Milão, bateu o americano Elroy Robinson, na altura o recordista mundial dos 800 metros. Missoni correu no Campeonato Europeu de 1938 e no Campeonato Italiano e nos Jogos Mundiais de Estudantes em 1939.
Depois, as armas da guerra meteram-se no caminho. Tanto os Jogos Olímpicos de 1940 como os de 1944 foram cancelados. Ottavio, a lutar do lado italiano na batalha de El Alamein, foi capturado pelos britânicos e detido como prisioneiro de guerra durante quatro anos no Egito. «Não foi exatamente o ambiente tipo Club Med ideal para treinar», afirma, rindo enquanto encosta a cabeça numa almofada Missoni. «Eu fui…» E, tal como a maior parte dos casais que está junto uma vida inteira, Rosita termina o pensamento do marido: «ele gosta de fazer troça (dos ingleses), dizendo que foi um hóspede da Rainha da Grã-Bretanha».
Com efeito, se não fosse o ambiente luxuoso em volta, as capas de revistas e autógrafos assinados nas paredes e o mordomo do Sri Lanka no seu casaco branco, Ottavio e Rosita podiam ser confundidos por um casal de idosos a partilhar um banco de jardim.
«Comecei a correr novamente com o pouco que me restava porque naturalmente, após quatro anos como prisioneiro de guerra, não estava no topo da minha forma física, mas devia ter algo ainda em mim e venci o título italiano (nos 4 x 400) e fui escolhido para ir aos Jogos Olímpicos», recorda.
Em 1948, grande parte de Itália estava ainda a recuperar da devastação da guerra; o Plano Marshall para reconstruir o país estava na sua fase inicial e para muitos, os Jogos Olímpicos de Londres ofereceram uma hipótese muito necessária de apoiar os atletas nacionais. Poucas pessoas tinham televisão em casa. A maior parte viu os Jogos em bares e montras ou nos cinejornais no cinema. «Foram uns Jogos Olímpicos bonitos porque tudo era natural e espontâneo, não como agora, onde tudo é inflacionado, com proporções exageradas», afirma Ottavio, que é conhecido de toda a gente pelo seu diminutivo “Tai”.
Após tê-lo visto pela primeira vez a correr em Wembley, Rosita e os seus colegas de escola foram convidados a almoçar com os atletas italianos em Brighton. «Durante o almoço percebi que ele era muito divertido. Era bonito mas não só. Era inteligente e esperto e com um grande sentido de humor, que foi muito útil em toda a nossa vida», revela Rosita.
Casaram em 1953 e criaram um pequeno atelier onde faziam fatos de corrida em Gallarate, perto da cidade natal de Rosita. Mais tarde avançaram para vestuário em malha, apresentando a sua primeira coleção em Milão em 1958, na aurora do que iria ficar conhecido como o milagre económico italiano. «Começámos a ter lucro depois de 10 anos de atividade e nesse dia senti-me o homem mais rico do mundo», lembra Ottavio.
O seu trabalho inicial foi visto e apoiado por Anna Piaggi, uma influente editora da revista de moda italiana Arianna; e outro momento importante surgiu em 1965, quando fizeram uma coleção de vestuário em malha juntamente com a designer Emmanuelle Kahn. «Tentámos quebrar as regras… vivemos em tempos muito favoráveis porque era o início do que depois se passou a chamar de Prêt-à-Porter», considera Rosita. «A alta moda estava em declínio e havia esta coisa nova, o pronto-a-vestir, que estava a arrancar e encontrámo-nos nessa situação no início dos anos 60. Com os nossos 10 anos de experiência, sabíamos o que queríamos fazer e tentámos encontrar o nosso próprio caminho», explica.
A batalha dos soutiens
Em 1967, a batalha dos soutiens pô-los definitivamente no mapa da moda.
A Missoni foi convidada para mostrar a coleção no Pitti Palace, em Florença, mas antes das modelos entrarem na passerelle, Rosita percebeu que os soutiens estavam a ver-se através dos tops, arruinando o efeito de cor e padrão pretendido. No camarote, disse às modelos para os tirarem mas sob as luzes da passerelle, as peças tornaram-se completamente transparentes e o incidente causou sensação. «Não pensei que estivéssemos a fazer algo de escandaloso, mas acusaram-nos de tornar o Pitti Palace no Crazy Horse», recorda, referindo-se ao famoso palácio burlesco de Paris.
Não foram convidados para voltar no ano seguinte mas o incidente tornou-se uma causa célebre e logo depois a Missoni estava nas capas das grandes revistas de moda como a Vogue, Elle, Marie Claire, Women’s Wear Daily e Bazaar.
Hoje, a empresa familiar que Ottavio e Rosita fundaram com pouco dinheiro tornou-se numa dinastia da moda gerida pelos seus filhos Luca, Angela e Vittorio e por alguns netos. Com sede na cidade italiana de Sumirago e com vista para o Monte Rosa, o pico mais alto da Suíça, emprega cerca de 250 pessoas e em 2011 teve um volume de negócios de mais de 150 milhões de euros.
Rosita, que tem uma pequena trança que cai até ao pescoço, é ainda ativa na empresa, gerindo a coleção Missoni Home e a Missoni Hotel, uma cadeia de hotéis lifestyle em colaboração com o Rezidor Hotel Group. Os hotéis Missoni já abriram em Edimburgo e no Kuwait e estão planeados novos para Omã e Brasil.
Ottavio também continua ativo. Participou em competições para atletas mais velhos até aos 90 anos e em setembro do ano passado foi o atleta mais velho nos European Master Games em Itália, competindo no lançamento de dardo, disco e arremesso de peso, mas desistiu depois de uma dor nas costas. Hoje passa o tempo a pintar, nadar e a fazer exercício no seu pequeno ginásio privado, rodeado pelas suas muitas medalhas de atletismo e tributos da moda. «Às vezes dão uma volta comigo como se fosse uma relíquia religiosa mas desisti de fazer milagres agora», escreveu na sua autobiografia “A Life on The Wool Line”, um jogo de palavras porque no início do atletismo era usado um fio de lã como fita da meta.
 Todos os anos em julho, os Missoni tiram férias no seu barco na costa dálmata do Adriático, onde Ottavio nasceu, de pais italianos, no que é agora Dubrovnik. Este ano irão ficar em casa para poderem ver os Jogos Olímpicos na televisão. Questionado se gostaria de ir a Londres vê-los, Ottavio afirma que «o desejo está lá, mas falta-me…”. E, mais uma vez, Rosita conclui o seu pensamento, acrescentando «o corpo».
Entrelaçam as mãos, as veias formando um padrão não muito diferente dos seus desenhos geométricos clássicos e riem, em uníssono, como um casal num banco de jardim lembrando os velhos tempos.

Fonte: Reuters

RETROSPETIVA CHRISTIAN LOUBOUTIN NO DESIGN MUSEUM





A primeira grande retrospetiva no Reino Unido do icónico designer francês, Christian Louboutin, patente no Design Museum, em Londres, até 9 de julho, foi desenhada pela empresa de design Londrina, Household.

Household baseou-se na afirmação de Louboutin de que "toda mulher quer ser uma showgirl" para criar uma experiência / espetáculo que celebra os 20 anos de carreira do designer e revela a arte e a teatralidade do seu métier. De stilettos a pumps, passando por botas de atacadores e sapatilhas com rebites, as criações de Louboutin são o epítome de estilo, glamour, feminilidade e elegância.

Trabalhando em estreita colaboração com Louboutin e com o Design Museum, Household criou uma mostra que explora as coleções do designer através das suas principais inspirações criativas. Organizada por temas - Transparência, Viagem, Arquitetura, Entretenimento e Artesanal – a retrospetiva engloba teatro, cinema, design gráfico e tecnologia interativa, fluindo a partir da instalação central "showgirl": uma “sola” vermelha com 17 metros de comprimento.

Entre as múltiplas atrações da retrospetiva destacam-se os sapatos da coleção Fetish 2007, acompanhados de fotografias de David Lynch; a recriação do atelier parisiense de Louboutin, conseguida através de fotografias panorâmicas de grande escala; e a mostra ilustrativa das seis etapas de construção dos sapatos do criador, que permite aos visitantes ter uma compreensão mais profunda do trabalho artesanal envolvido no processo. Destaque também para um filme de animação que conta a história da vida e da carreira do designer francês e para a apresentação dos seus 20 sapatos mais icónicos, que foram relançados para o seu 20º aniversário.

Mais uma mostra imperdível para os amantes de moda e sapatos!


10 de mai. de 2012

BES PHOTO 2012 NO MUSEU COLEÇÃO BERARDO


O Museu Coleção Berardo, em Lisboa, apresenta, até 27 de maio, mais uma edição daquele que é já o maior prémio nacional para a área da Fotografia: o BES Photo. A exposição reúne trabalhos inéditos do português Duarte Amaral Netto, do moçambicano Mauro Pinto, da brasileira Rosangela Rennó e do coletivo brasileiro Cia de Foto.

Desde 2004, o prémio BES Photo, resultante de uma iniciativa do Banco Espírito Santo em parceria com o Museu Coleção Berardo, premeia artistas portugueses ou com residência em Portugal que se destacam pela sua criação fotográfica. Em 2011, o prémio internacionalizou-se e foi alargado a artistas de nacionalidade brasileira ou dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP). Por essa razão, todos os artistas selecionados este ano receberam uma bolsa de produção para a criação das obras que estão agora em exibição em Lisboa.

As obras dos diferentes artistas foram avaliadas por um júri internacional, que escolheu Mauro Pinto como vencedor do BES Photo 2012. O júri destacou "a entrega à realidade" do artista moçambicano, que se junta, assim, aos vencedores das edições anteriores: Helena Almeida (2004), José Luís Neto (2005), Daniel Blaufuks (2006), Miguel Soares (2007), Edgar Martins (2008), Filipa César (2009) e Manuela Marques (2011).

Na exposição de avaliação, Mauro Pinto apresentou uma seleção de 12 fotografias de uma série intitulada “Dá Licença”, com mais de mil imagens realizadas no Bairro da Mafalala, um destino turístico da capital moçambicana. O artista concentrou-se nos interiores das casas: chão de cimento, tetos e paredes de lusalite, cadeiras e mesas de plástico, sofás de cabedal destruídos. Nas suas imagens não há pessoas, os objetos e ambientes surgem como retrato da vida e transportam-nos para uma realidade habitada, sem quaisquer artifícios.

Depois da exibição em Lisboa e em resultado da sua internacionalização, a exposição BES Photo 2012 será apresentada na Pinoteca do Estado de São Paulo, no Brasil, entre os próximos meses de junho e agosto.










ALEXANDER MCQUEEN INVERNO 2013 BACKSTAGE


Sarah Burton está a atingir novos patamares criativos na casa Alexander McQueen. A sua quarta coleção de senhora para a marca, apresentada na Semana de Moda de Paris, em março passado, foca a ascensão e a ideia de leveza. Trinta e quatro looks de Alta Costura parecem pairar ou passar do tangível ao etéreo, tomando forma antes de se dissolverem no ar.

Bordados, organzas e peles progridem do branco gelo para o fuschia e o preto. Surpreenda-se com o vídeo de backstage.



7 de mai. de 2012

Pés de Cinderela


Um dos nomes que mais mulheres faz perder a cabeça por causa dos pés expõe o seu trabalho na capital britânica. Christian Louboutin, em luta com a Yves Saint Laurent pelos direitos sobre a sola vermelha, mostra 20 anos de criações capazes de transformar uma Gata Borralheira numa Cinderela.
 
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Pés de Cinderela

Um holograma gigante em 3D de uma bailarina de burlesco dá as boas-vindas aos amantes de calçado à exposição em Londres que marca 20 anos desde que o renomado criador de calçado Christian Louboutin criou a sua primeira loja.
A exposição no Museu do Design da capital britânica apresenta dezenas das criações de Louboutin, muitas delas numa versão de 17 metros com a famosa sola vermelha presente em todos os sapatos do criador francês.
Muitos brilhantes, folhos e penas refletem o fascínio de Louboutin pelas coristas, tal como mostra um enorme holograma de um stiletto com brilhantes que se transforma na imagem da estrela do burlesco Dita von Teese.
«Cresci num ambiente muito feminino», explicou Louboutin na conferência de imprensa da inauguração da exposição, que estará aberta ao público durante 10 semanas. «Tive três irmãs e um pai raramente presente», acrescentou. Como resultado, revelou o criador de 49 anos, cresceu com «o maior amor e o maior respeito pelas mulheres».
Contudo, admite que os seus famosos saltos vertiginosos não foram desenhados tendo o conforto em mente. «Estou preocupado com o conforto e sei que é importante», afirmou Louboutin. «Mas não quero que seja evocado nos meus designs. A ideia de alguém dizer “Ó meu Deus, parecem tão confortáveis”», acrescentou. Mas lembrando como as amigas coristas parisienses enchiam os sapatos com carpaccio de vitela para os tornar mais confortáveis, concede que «sofrer para ser bonita não resulta». «Não dá um sorriso bonito», sublinhou. O objetivo com os stilettos é torná-los «o mais confortável possível para este tipo de sapato».
O desconforto não afasta as muitas celebridades fãs do criador, incluindo a atriz Gwyneth Paltrow e Victoria Beckham, designer de moda e esposa do futebolista David Beckham.
A exposição conduz os visitantes através do processo de design, desde os esboços aos protótipos, até à produção em fábrica. Os designs divertidos de Louboutin, alguns exibidos com lupas para permitir um exame mais minuciosos, incluem sapatos com mini-perucas ao estilo de Maria Antonieta, e stilletos fabricados inteiramente de olhos esbugalhados em plástico. Uma maqueta do seu atelier em Paris, completada com sapatos espalhados e esboços, mostra o trapézio onde às vezes o criador gosta de se balançar.
Outra área destaca os designs inspirados em viagens, incluindo as plataformas com pelo batizadas com o nome da capital da Mongólia, Ulan Bator, e um par de stilettos em seda chinesa. Nell Trotter, diretora de comunicação da Louboutin, revelou mesmo que a marca está a ganhar um número crescente de fãs no Império do Meio, desde que abriu uma filial em Pequim no ano passado. «Somos extremamente populares na China, sobretudo porque o vermelho é uma cor da sorte lá», afirmou.
Aliás, é por causa da sola vermelha que Louboutin está envolvido numa disputa judicial com a Yves Saint Laurent, após esta última ter lançado uma coleção com solas vermelhas.
A empresa iniciou um processo judicial contra a casa de moda francesa em abril do ano passado, alegando a violação de direitos de autor, mas um tribunal de Nova Iorque considerou em agosto que a Yves Saint Laurent podia usar as solas. No entanto Louboutin apelou e está novamente na barra do tribunal.
Segundo o criador, o PPR Group, que detém a Yves Saint Laurent, está a ser extremamente injusto em relação a este assunto. «Eles lideram o luxo e deviam saber que o luxo tem assinaturas de identidade», afirmou. «É muito hipócrita porque eles próprios detêm cores. Não percebo como é que podem dizer que não se pode ter uma cor específica num local específico quando eles próprios detêm diferentes cores. Sou um homem que subiu a pulso, geri a minha empresa por 20 anos e este grupo enorme é capaz de me derrotar, com a maior quantidade de advogados. Tentam prejudicar-me e à minha empresa e é extremamente injusto, especialmente alguém que eu conhecia, que pensava que era um amigo e que afinal é uma pessoa muito fraca», concluiu.
 
Fonte: Portugal Têxtil

5 de mai. de 2012

Revolução na moda africana


Os designers de Africa estão rapidamente a redefinir os estilos que emergem do continente, desafiando estereótipos e indo além dos clichés dos estrangeiros de como os africanos se vestem, ao mesmo tempo que começam a afirmar-se no panorama internacional.
 
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Revolução na moda africana
 Sem abandonarem as suas raízes, os designers africanos há muito abraçaram novas ideias e continuam a expandir-se, espalhando a sua influência por todo o mundo, ao mesmo tempo que se mantêm em sintonia com a evolução dos gostos em África.
«O designer africano e a moda africana no geral está a mover-se numa direção mais mundial», considera Tsemaye Binitie, um designer nigeriano sedeado na Grã-Bretanha que lançou a sua marca epónima há dois anos. «Estamos a fazer um trabalho mais contemporâneo, com um toque mais mundial», acrescenta.
Influenciados pelas tradicionais longas saias envolvidas à volta do corpo, blusas a combinar e a espécie de turbante usado pelas mulheres, os designers estão a criar jumpsuits justos ao corpo ou saias lápis mini nos muito adorados tecidos ankara, estampados com cores ousadas e designs enérgicos, anteriormente conhecidos como tecidos Dutch Wax.
A sua mensagem é direcionada para aqueles cuja única perceção do continente está ultrapassada: o estilo e criatividade africanos vão bem além do que é muitas vezes mostrado nas televisões ocidentais.
Uma recente semana de moda na maior cidade da Nigéria, Lagos, colocou estas tendências – e diversidade – à mostra. Mais de 70 designers participaram no evento, incluindo alguns de fora de África.
As coleções africanas nesta semana de moda incluíram uma sugestão do tradicional com um toque moderno – uma abordagem que se mostrou bem sucedida dentro e fora de portas.
Vestidos em tecido ankara foram adornados com pedras preciosas ou lantejoulas, enquanto os tecidos com estampados animais ou temas tribais foram usados para os colarinhos em fatos clássicos.
«Os designers africanos definitivamente amadureceram», considera Penny McDonald, organizadora do evento conhecido como Arise Magazine Fashion Week. «Os designers escolhidos criaram todos modelos africanos criativos, contemporâneos e usáveis que são suficientemente comerciais para chegarem aos mercados internacionais», acrescenta.
Os estampados tradicionais africanos estão também a mudar com os tempos. «Em Banguecoque, as pessoas adoram-nos porque é algo diferente. É algo de novo. É algo vibrante», explica Maureen Ikem Okogwu-Ikokwu, uma designer nigeriana sedeada na Tailândia. «Agora somos muito mais apreciados. As pessoas olham para nós e respeitam-nos», afirma.
A designer da Costa do Marfim Loza Maleombho foi uma das poucas que mostrou uma coleção feita exclusivamente de têxteis tradicionais africanos, nomeadamente seda entrelaçada colorida e tecido em algodão kente do Gana e do seu país natal. Os modelos pisaram a passerelle com as cabeças envoltas em turbantes castanhos, a lembrar os usados pelos nómadas tuaregues. «Foi inspirada na África Ocidental», revela.
Maki Oh, outro designer nigeriano, mostrou peças de moda de rua africana sensual com calças largas sugestivas de fatos masculinos agdaba feitas de aso-oke – um tecido tradicional.
«África é um novo centro emergente de moda. A Europa e a América estão bastante saturadas em termos de moda. Se pensar em Prada e Gucci, há quase uma em cada esquina agora», afirma o designer sul-africano Malcom Kluk. Se alguém estiver à procura de novas fronteiras na moda, «talvez África seja isso», acredita.
À medida que o interesse em designers africanos cresce, alguns têm ainda de lidar com difíceis condições de trabalho que levaram outros a transferirem o seu negócio para bases no estrangeiro. Problemas de infraestruturas como a falta de eletricidade consistente têm perseguido os designers em países como a Nigéria. Outros têm de lidar com problemas de direitos de autor, uma vez que muitos países africanos não têm leis que abranjam a indústria da moda.
Nkwo Onwuka, uma designer nigeriana sedeada na Grã-Bretanha, desenvolveu um subterfúgio para derrotar as cópias. «É apenas preciso estar um passo à frente e criar o seu próprio estilo, tentar fazê-lo de uma forma que ninguém copie e, mesmo que tentem, não seja o mesmo», conclui.
Fonte: AFP